sábado, 26 de outubro de 2013

"Liberdade" na educação

Leiam esse texto sobre ensino-aprendizagem. Afinal, qual a educação que almejamos?

http://blog.cinese.me/post/64228485214/manifesto-de-uma-professora-por-liberdade-na-educacao

Aprender e ensinar com sentido para a vida - comentário 4

Olá pessoal!

Pensando na questão ambiental, área de estudos que há tanto tempo faz parte da minha vida e é alvo de preocupação e ações de tantas pessoas que, genuinamente, se engajam em projetos que muitas vezes têm êxito, outros que, infelizmente, são interrompidos pelas mais diversas razões, estive falando com meus alunos a respeito do consumismo exacerbado e da geração de resíduos sólidos.

É um ótimo tema a ser trabalhado no sentido de se aprender e ensinar com sentido para a vida. Muitas vezes, compramos, consumimos, trocamos sem necessidade, acumulamos, descartamos materiais em bom estado... Fazemos tudo ao contrário do que o bom senso nos aponta. Muita matéria-prima retirada e muitos resíduos acumulados...

Trabalhamos essa semana com vídeos e com o significado dos Rs:

  1. Reduzir ao máximo a quantidade de resíduos produzidas significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade.
  2. Reutilizar deve ser a segunda opção, para que não se consuma coisas novas, desnecessárias. Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as embalagens :os potes plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou outros materiais.
  3. Reciclar envolve a transformação dos materiais. É a transformação dos produtos por processo artesanal ou industrial- permite a economia de matéria prima, com vantagens ambientais. Por exemplo: Podemos produzir papel reciclando papéis usados. Papelão, latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados.
  4. Recuperar o conteúdo energético dos materiais não recicláveis.
  5. Repensar atitudes, hábitos de consumo e descarte
  6. Recusar o consumismo, diminuindo o desperdício e contribuindo para as mudanças necessárias na sociedade.
(fonte: CECIERJ, sustentabilidade)

Hoje, sábado, 26/10/2013 realizamos um encontro com as crianças da comunidade para uma série de contação de história sobre a temática. Foi maravilhoso!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Boa tarde!

Quero compartilhar com vocês esse texto maravilhoso escrito pelo meu amigo Olivaldo Junior. Repensar a educação, o modo de tratar o professor, de encarar a formação do aluno...

Carta aberta aos professores, em 2013

            Hoje é dia quinze de outubro, ou seja, Dia do Professor. Não, não colocarei roupa nova, nem irei ao shopping mais próximo comemorar. Em vez disso, estou pensando em colocar um pano preto na janela como sinal de luto. A luta continua, mas o luto é inevitável. Não há como deixar de ver o quanto sofre o Rio de Janeiro com os constantes embates, nas últimas semanas, entre policiais e professores. Que país é esse, você e eu sabemos bem, e não é de hoje. Mas hoje é Dia do Professor, e eu quero ver o professor em sala, com salário digno, nem que seja o mínimo, para comprar livro, que, num país como esse, ainda é caro, meu caro. Carolina não é só aquela da canção do Chico, mas uma moça que existe aqui e ali no Brasil. Será que ela sabia ler e escrever?
            Tenho pensado muito em como as crianças são vulneráveis à primeira educação que recebem. Isso me faz pensar em quanto trabalho se tem para desentortar os pensamentos de quem chega à escola hoje em dia. O professor, muitas vezes, em jornada tripla, mal tem tempo de saber os nomes dos alunos e tentar “passar” o conteúdo programático anual a tempo de encerrar mais um ano com a sensação de dever cumprido e... já é Natal! Boas festas, boa nova, e um novo ano se inicia. Mas, para o mestre, nem sempre é novo o Ano Novo. Olhos na lousa, não no joguinho, ó, menino!
            A vida segue, e eu me cego, mas me lembro de quem me ensinou alguma coisa. Minha mãe, meu pai, meu irmão, meus professores e todos com os quais convivo e convivi me ensinaram alguma coisa. Quase sempre, perde-se a fonte, a origem do saber, mas o sabor não passa, corre solto ao céu da boca e se estatela sobre a língua quando está cristalizado. Cristalizar informação é transformar em “diamante” o verbo ao vento.
            Hoje eu queria cantar um pouco e fazer de conta que sou mestre. Abrir o caderno e lhe ensinar o sim da vida, o não da morte e o quanto a sorte é boa ou má. Mas só me restam as palavras, minha mãe e a solidão de ser sozinho neste quarto, sem amigo para um canto, sem um canto para um coro, sem coro para honrar os professores. Solidão é matéria vasta, veste-se de luto e acaba assim, reivindicando o que lhe seria óbvio: não apenas pão, nem circo, mas pão, circo e consciência para aproveitá-los como homens. Homens que se tornam mestres não deveriam ser dignos de pena, e a pena é a máxima.
Bom dia a todos!!

Esse curso está me conduzindo a pensar ainda mais profundamente sobre a educação significativa, conectada com a realidade da clientela escolar. Cada vez mais procuro abordar assuntos da disciplina de Ciências com informações do cotidiano, saberes empíricos, experiências do dia a dia, noticiários recentes, curiosidades, enfim, artifícios necessários, que expressam perfeitamente porque determinado conteúdo é importante.
Os alunos pensam, expõem suas ideias, constroem o conhecimento, tiram suas dúvidas, sentem-se inseridos no tema. A cada ano enfrentamos turmas com mais problemas familiares, de comportamento, aprendizado, desinteresse. As estratégias precisam mudar, os projetos precisam aparecer, o estudante precisa pensar, fazer e ver um resultado para seus esforços (esse resultado não se resume em notas, mas em constatar o belo trabalho que desenvolveu, percebendo que aprendeu, que houve reconhecimento, que soube se organizar, atuar em equipe, pesquisar).
Aponto, portanto, para a necessidade da formação continuada para professores, a parceria com a família, o reconhecimento da sociedade. Nossos alunos precisam progredir não só no conhecimento técnico, mas como pessoas. Valores estão se perdendo, e temo onde tudo isso vai dar...

Sugiro a leitura do livro "Boniteza de um sonho: Ensinar e aprender com sentido".
Podem acessá-lo através do link
http://smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca/Forma%C3%A7%C3%A3o%20Continuada/Artigos%20Diversos/BONITEZA%20DE%20UM%20SONHO%20Ensinar-e-aprender%20com%20sentido%20-%20gadotti.pdf
Para mim, os melhores capítulos são 5 e 6, que tratam, respectivamente, de aprender com emoção e ensinar com alegria sobre educar para uma vida sustentável.

domingo, 13 de outubro de 2013

Aprender e ensinar com sentido para a vida - comentário 3

Poesia: Aprender e ensinar com sentido para a vida
Patricia de Campos

Converter informação em conhecimento
Querer aprender, não por imposição, mas por convicção
Ler não porque me mandaram, e sim, por puro encantamento
Mais do que ouvir e consentir, contribuir com minha participação;

Aprender e ensinar com sentido para a vida
Ser o eterno aprendiz que anseia pelo saber
O professor dedicado e motivador, que renova e cativa
Fazendo parte da escola formal, sobretudo, da escola "do crescer"

Pra crescer um cidadão participativo, crítico e respeitoso
Desenvolvendo habilidades, relacionando fatores, construindo meu caminho
Fui criança, adolescente, adulto e serei talvez idoso
Mas de aprender nunca me cansarei... Como o vento a mover moinhos

Jamais desistirei!
A batalha pode ser difícil, porém, sou guerreira
E a educação pede pessoas que não se acomodam, por isso, persistirei!
Vamos unir teoria e prática, remodelando a história inteira

Modificar os planos, valorizar-nos!
Se ninguém oferece respaldo, nos aperfeiçoaremos por nós mesmos
Melhoraremos a cada dia pela convicção que leva-nos
Ajudar a formar pessoas de bem!

Aprender e ensinar com sentido para a vida - comentário 2

Trecho das considerações finais do meu último TCC sobre práticas experimentais em sala de aula.

Conforme se constata com a leitura e reflexão acerca do conteúdo pesquisado em diversas bibliografias, algumas mencionadas neste trabalho, as opiniões de estudiosos acerca do tema experimentações em sala de aula divergem. Alguns acreditam que as mesmas não sejam relevantes para a consolidação da aprendizagem, sendo dispensáveis. A maioria destes alega que a forma como as experiências são conduzidas é por vezes falha.
No entanto, outras referências consultadas, bem como o resultado obtido no questionário aplicado aos professores mostra que as experimentações são bastante cotadas para a explicação de variados conteúdos nas áreas da química e da física e que se acredita na importância e eficácia do método, contribuindo para o aprender e ensinar com sentido para a vida.
 Todos os professores concordaram que as experimentações são válidas dentro do planejamento, por inúmeras razões: exemplificam na prática a teoria, envolvem conceitos diversos fazendo o aluno recapitular, raciocinar, interagir, confirmar e/ou contestar, sendo que sua participação na realização da experiência (o que já não é unânime dentro da realidade de cada entrevistado) o motiva e insere no cunho investigativo, o faz pensar e colaborar, se tornando ouvinte, observador, manipulador, trabalhando mais de uma habilidade.
Não só como uma aula diferenciada, para aumentar a curiosidade dos educandos: os mesmos reconhecem que as práticas experimentais possuem outras funções, como facilitar a compreensão e instigar o raciocínio.
Desse modo, conclui-se que as experiências são importantes nas aulas de ciências. Todavia, considerando nosso dia a dia, o tempo de profissão, percebemos que as experiências não são rotineiras, suas potencialidades não são plenamente averiguadas, a mera observação e o acompanhamento restrito de roteiros impressos em livros didáticos, com perguntas prontas, sobressaem.
A melhor exploração dessa ferramenta vem com a adoção costumeira e a ponderação de como conquistar resultados maiormente expressivos (pensando-se no aluno obtendo avanços, sentindo-se integrado ao processo, recobrando o gosto por frequentar as aulas e estimulado a participar das atividades).

Continuando as apresentações das experiências de Química e Física pelos alunos de 9º ano, será realizada no mês de novembro de 2013 uma Feira Científica, onde todos os alunos de Ensino Fundamental II, professores e demais funcionários estarão envolvidos. O tema é “Assim caminha a humanidade”, cada disciplina, cada turma desenvolvendo um ou mais trabalhos.

Aprender e ensinar com sentido para a vida - comentário 1

Há diferentes formas de ensinar e aprender. O professor deve ser um mediador, um incentivador, orientando o educando, dialogando e ouvindo-o atentamente. 
O modelo de educação no Brasil deixa a desejar, precisamos de mudanças urgentes, sem dúvidas, mas bem arquitetadas, fundamentadas, valorizando o docente, acreditando no aluno, chamando as famílias à responsabilidade, despertando a sociedade para esse importantíssimo setor: a educação. Com educação de qualidade temos melhores profissionais de todas as áreas, mais respeito, menos violência, mais cidadania, pois educação em seu contexto verdadeiro não se limita à abordagem de conteúdos disciplinares, mas abrange também e principalmente a ética, a iniciativa, o convívio saudável.
A Escola da Ponte é um exemplo que sempre me chamou muito a atenção, desde a época em que ouvi falar nela durante as disciplinas de Fundamentos da Educação e Didática. Ficava imaginando como ela dava certo, num ambiente extremamente diferente daquilo que estamos acostumados por aqui. Na verdade, penso que para dar certo, os professores precisam estar muito bem preparados, o modelo a se seguir claro, e os alunos MOTIVADOS, INTERESSADOS, EMPENHADOS. Costumo dizer que, mais desafiador que acompanhar um aluno com dificuldades, é lidar com o aluno desinteressado e com dificuldades. Quem sabe um cenário menos "arcaico", com ferramentas tão limitadas como vemos na maioria das instituições, não modificaria também a forma dos alunos agirem? Lógico, tudo muito bem elaborado, porque a intenção é potencializar, fazer com que o aluno construa em conjunto, e não gerar uma bagunça generalizada.
Concordam comigo?